Creche X Casa
Quando eu decidi ser mãe, uma das primeiras decisões que
tomei foi que meu filho iria para uma creche. Na minha opinião a creche
seria o melhor meio para criá-lo, visto que lá ele iria ter bom desenvolvimento
psicológico, mental, iria aprender a conviver com outras crianças, saber
dividir, aprender a comer bem entre outras coisas. O pediatra do Pedro desde o
princípio abominou a ideia, mas como eu também não tinha outra saída - ter
alguém que pudesse ficar com ele, também não tive outra opção.
Antes de colocá-lo, pesquisei inúmeros locais, realizei visitas,
chequei detalhes, regras, funcionamento e muitas outras coisas onde citei no
post Dicas para a escolha da creche . Só que, desde que meu filho
passou a frequentar o novo ambiente, não teve um mês sequer que ele não tenha
adoecido. Todos os meses, pelo menos uma vez, o Pedro adoeceu... eram febres, resfriados, catarros, nariz escorrendo... e isso era algo recorrente.
Tão recorrente, que quando eu chegava no consultório do pediatra, ele já sabia
o diagnóstico: “Escolite”. Um nome carinhoso dado aos resfriadinhos de
escolinhas/creches.
O maior problema do Pedro frequentar a creche era quando adoecia, eu me afastava completamente de meu trabalho para cuidar dele em casa
para só então ele retornar para a escolinha. Mas isso não acontecia com todas
as crianças, muitos pais levavam seus filhos meio adoentados para lá e isso
acabava virando um ciclo, então sempre existia uma criança doente. Acho que por
outro lado, também faltava uma rígida fiscalização por parte da direção da
escola na intenção de barrar crianças doentes do convívio de crianças sadias. A
regra existia, mas na prática muitos pais não obedeciam. Também entendo o outro lado, de que os pais
precisavam trabalhar e muitas vezes não tinham com quem deixar os filhos. Mas
poxa, não era justo comigo. Sempre que o Pedro adoecia, eu me sacrificava,
faltava trabalho para cuidar dele, e porque outros pais não podiam fazer o
mesmo??!
Sei também que esse assunto divide opiniões sobre a criança adoecer ou não estando em uma creche. Claro que toda criança adoece! Mas a criança em uma creche fica bem mais vulnerável. Pode pesquisar por aí! Isso é fato! Mas também não é regra, e toda regra tem sua exceção.
Diante destas situações de doenças, de chegar inclusive a adoecer mais de uma vez em menos de um mês, meu esposo
tomou a decisão de afastá-lo em definitivo da creche e colocar uma babá para
tomar conta dele.
Hoje o Pedro está ótimo. Não adoeceu mais, nem teve sequer
uma coriza... a vovó paterna é quem fica na supervisão dando o apoio
necessário para a cuidadora do meu pequeno, que é uma pessoa ótima e de confiança. Hoje posso trabalhar tranquila, mais focada, pois sei que ele está bem em casa e em boas
mãos. Sem precisar ficar rezando para que ele não adoeça, nem tendo que sair 15
minutos mais cedo todos os dias para pegá-lo na escolinha, pois o horário
acabava sendo inconveniente ao meu horário de trabalho. Outro fator que contou
pontos na decisão de afastá-lo. Em conversa com outras amigas mamães, uma das
grandes dificuldades são os horários oferecidos pelas escolinhas, pois
geralmente trabalhamos até às 18h, e as creches tem seu horário de
funcionamento até às 17:30, 18h no máximo, sendo inviável você conseguir sair
do trabalho e chegar para buscar o filho às 18h, só se eu me tele
transportasse.
Hoje, tenho um pensamento diferente, mas tive que viver,
passar, sofrer, ver meu filho sofrer
também para entender que nem tudo o que
a gente pensa ou quer, é o que de fato deve ser e é o melhor. Se eu pudesse voltar no tempo,
jamais o teria colocado em uma creche, mas a experiência foi válida, pois pude
ver o outro lado da moeda. Ainda continuo achando a creche um ótimo lugar, mas
em último caso, se não restar nenhuma outra opção.
Se você está pensando em colocar seu filho em uma creche,
pense muito bem antes. Pese todos os prós e contras. Hoje vejo que meu filho
sofreu muito e cada vez que adoeceu... foram consultas e consultas, remédios, injeções,
antibióticos... até fisioterapia respiratória ele teve que fazer. E não quero
que ele passe por isso novamente.
Se você está na dúvida pensando em colocar, espero que meu relato possa contribuir na sua decisão.
Beijos
Eis a dúvida cruel..mas seu post foi muito esclarecedor...obrigada pelas dicas..Bjs Erica Mendonça
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